terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Pintura de cenários

Ao encerrar a apresentação, resolvi conferir de perto o cenário do palco. Um painel representando um muro de pedras chamou minha atenção pelos detalhes. Um lapso de tempo e acabei lembrando que eu mesmo havia pintado aquele painel como cenário para uma cantata de um coral, e que após o encerramento da turnê daquela cantata, havia sido doado ao Acampamento Moriah.

Entendendo a necessidade e a importância desse tipo de material, passei alguns dias no acampamento produzindo outros painéis de cenário, de acordo com sugestões do Rúben – um dos diretores do Moriah.  











E aí? Precisa de cenários?


segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Apóstolos

Ao passar pela coletoria, constatou que Mateus estava mais para Júpiter do que para Jeová. Coletores sempre foram arrolados entre pecadores. Seria uma péssima escolha.
Poucos minutos observando Simão, o convenceram a não escolhê-lo. Além de iletrado, era de pavio curto demais. Judas, apegado mais às moedas do que ao Reino, não era digno de confiança. Uma rápida conferida nas postagens no face de Felipe revelou que nem este tinha o perfil adequado para ser um apóstolo, e assim, passou um WhatsApp pro Pai:


“Deu zica nos planos. Vamos ter que esperar o MEC reconhecer algumas faculdades de teologia para ter bons evangelistas por aqui. #borapracruz”

Árvore e a bíblia

Por algum tempo trabalhei no transporte de pessoas.
Havia uma rota pela qual eu passava semanalmente e decidi fotografar a sequência da primavera num trecho em área rural. O final não é bonito, mas a sequência ajuda a ilustrar a postagem.

Sempre gosto de comparar a leitura da Bíblia com o observar uma árvore.
A Palavra de Deus é viva e, por isso, o mesmo texto pode ter nuances diferentes em momentos diferentes. O Espírito Santo, inexplicavelmente, dá a tonalidade adequada ao momento do leitor, ou até mesmo não colorir nada relevante - naquele instante.
Uma árvore pode ser observada de vários ângulos e cada um deles apresentará uma forma diferente. Isso sem contar as diferentes estações do ano; do verde primavera ao ocre do outono ou mesmo a ausência das folhas, flores ou frutos.
O ápice da maioria das celebrações nos templos que tenho visitado tem sido o relato de como o pastor viu a árvore naquela semana. Zilhões de sermões não esgotam o assunto. Porque, então, não levar os fiéis diretamente à árvore para que a observem pessoalmente? Assim haveria tempo para o verdadeiro culto a Deus e para a verdadeira religião.

O que dizer então da discórdia em insistir que a árvore é apenas fonte de sombra ou tantas picuinhas doutrinárias que segmentam o Corpo de Cristo?

Faz de conta


Com recursos muito modestos na minha infância, brincar exigia imaginação em constante “faz-de-conta”. Certamente isso fomentou minha capacidade criativa resultando num saldo positivo.
Entretanto, a forma exacerbada que o brasileiro vive o fictício que inicia antes da própria história do país, não é brincadeira e compõe um cenário ilusório onde sempre alguém sai perdendo.
Os portugueses fizeram de conta que descobriram o Brasil por acaso – ou será que Pedro Álvares realmente era português e conseguiu errar tanto o rumo em sua navegação?
Professores fazem de conta que ensinam essa história.
Os alunos fazem de conta que aprendem.
A maioria dos políticos faz de conta que representa o povo em suas reivindicações.
O governo faz de conta que administra o estado com responsabilidade.
A polícia faz de conta que não sabe onde está o bandido.
O bandido faz de conta que é bem sucedido e eternamente impune.
O rico faz de conta que vive bem e feliz.
Os crentes fazem de conta que creem em Deus.
Os céticos fazem de conta que Deus não existe.
O presidente faz de conta que está presente.

O comércio faz de conta que papai noel é a figura principal do natal.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Gritos no Altar - 2



Essa é a segunda parte de um livro que mistura relatos de situações que presenciei em templos e as devidas sugestões para corrigir os problemas na comunicação constatados.


 Quando percebi que frequentar a igreja era, para mim, mais que um hábito formado em um lar cristão, eu já estava com mais de 12 anos. Com esta idade, achava engraçada a forma com que certos pregadores se expressavam, principalmente o tom de voz que usavam. E assim, por muito tempo, achei isso normal, ou parte dos costumes de determinadas denominações. Talvez, por morarmos em uma cidade interiorana, meus pais frequentavam cultos onde houvesse, sem se importar com a placa denominacional e assim aprendi ignorar as barreiras denominacionais. Até hoje não entendo por que elas existem. Apenas entendo que, se há diversidade de formas de culto, é porque também há diversos gostos e diversas formas de expressão. E não é apenas a forma de culto que eu gosto que seja necessariamente a que agrada a Deus.
Entretanto, com o passar do tempo, comecei a observar que há algo de errado em alguns sermões. O mais notável é a distância daquilo que o pregador fala, em relação à forma como ele vive. Quanto mais ele fala do que não pratica, menos se aproveita da prédica.
Em muitos casos, os políticos têm caído no descrédito pelo mesmo motivo. E para conseguirem convencer e enganar mais uma vez os seus eleitores usam de uma entonação exagerada para dar mais emoção e realismo aos seus discursos. Até hoje eu não descobri quem está copiando quem nessa forma característica de falar, semelhante a um locutor esportivo narrando uma partida de futebol e que usa um tom agudo de voz quando o lance está próximo do gol.
Entre perceber que há algo de errado na forma de falar usada nos púlpitos e conseguir mudar isso, encontrei algumas dificuldades:
1- Dificilmente um pastor aceita sugestões, por melhores que elas sejam. Em sua mente, é o pastor que deve dizer como as coisas devem funcionar e não as pessoas comuns orientarem o pastor.
2- Eu sou apenas uma voz de uma cidade do interior. Parece que o conteúdo deste livro* ainda não faz parte do currículo das inúmeras escolas de teologia que formam pregadores em todo o território nacional.
3- A grande maioria de aspirantes ao pastorado espelha-se em algum pregador que também já copiou gestos e entonação de outro pregador.
4- Aprender e usar nova metodologia requer empenho e devido a isso, alguns preferem ficar com os maus hábitos.


* - O conteúdo todo pode ser acessado no link
https://drive.google.com/file/d/0B3piYm8YEupYTFdURmlWT0NRRGs/view?usp=sharing

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Visita

Uma rápida espiada no minúsculo berço do neonatal já foi grandioso o suficiente. De encher os olhos.
Mais surpreendente foi o cara retribuir a visita.
Anunciou sua presença chamando insistentemente.
Dei tempo para que a mamãe também soubesse onde ele estava.
Aparentemente a mãe não estava preocupada – talvez por perceber que o filho estava em boa companhia.
Como todo pirralho que se preze, ao invés de usar o sofá, usou uma luminária para pousar.
(Puxa. Como não pensei nisso antes! O sofá custou uma fortuna...)
Preocupado com as preocupações inexistentes da mãe, resolvi leva-lo até a sacada e deixa-lo aos devidos cuidados maternos.
A grata oportunidade de sustentá-lo na ponta dos dedos foi inusitada. Fiquei imaginando que aquilo tinha toda uma estrutura fisiológica complexa, mas perfeita - que incrivelmente alguns creem ser obra do acaso!
A despedida foi tão rápida quanto o retorno.

Da sacada entrou pela janela para voltar à luminária e continuar piando.
Cheguei a entender nas entrelinhas:  - “Te enganei direitinho...”
Novamente minha alta preocupação - muito abaixo da tranquilidade da mamãe - me fez lembrar o mestre que disse: E quem der, mesmo que seja apenas um copo de água fria a um destes pequeninos, por ser este meu discípulo, com toda a certeza vos afirmo que de modo algum perderá a sua recompensa.

Ele não tinha lá aparência ou credenciais de um discípulo. Mas sei lá. Preferi oferecer com hospitalidade, a água. Açucarada para garantir-lhe energia suficiente. Um copo iria afoga-lo. Optei por apenas algumas gotas.




Para assistir no You Tube acesse

domingo, 30 de novembro de 2014

Capina Química









FOTOS

Uma foto despretensiosa frente a uma locomotiva decorativa numa rua de Lapa-PR me remeteu a outra frente a uma SD 40 da ALL em Passo Fundo-RS.
Nada planejado. Apenas adequações necessárias ao mercado de trabalho.
Com a evolução da impressão digital, meu trabalho de comunicação visual feito com pincéis passou a ser obsoleto e oneroso. O talento foi para o lixo, e minha fonte de renda abduzida. De autônomo a empregado. Uma melhora significativa quando se avalia as questões: férias, décimo terceiro, encargos e um salário garantido no final do mês – o que não ocorre ao autônomo ou ao profissional liberal.
O trabalho de supervisão de equipe de capina química me permitiu conhecer todos os trechos de ferrovia do Paraná, Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, além de alguns trechos de São Paulo e região centro-oeste.
A pulverização de produtos para o saneamento vegetal ao longo da ferrovia contava com um vagão aplicador suprido de outros abastecidos de água. Outro vagão servia como armazém dos produtos e ferramentas para manutenção preventiva dos equipamentos e mais um vagão como alojamento.
O desafio de conhecer a dinâmica do fluxo de trens, o vocabulário ferroviário e as nuances de cada trecho, valeram para desenferrujar hábitos e quebrar em muito a rotina. Ajudar nas chaves de mudança de via, no engate ou desengate de vagões, prestando informações na passagem de outras composições ou “servindo de olhos” ao maquinista na cauda do trem em situações de recuo. Paradas em lugares incomuns para abastecer os vagões-tanque com água permitiam pescaria ou nadar nos rios enquanto a bomba transferia os mais de80 mil litros de água necessários para pulverizar mais um trecho. Tudo inusitado, num prato de encher os olhos sempre com pitadas de adrenalina - inclusive descarrilamentos - e inesquecíveis apitadas em passagens de nível.
 Há trechos onde a aplicação realizada durante a ida é bem sucedida, permitem retorno sem trabalho. Apenas apreciando a paisagem ou dormindo. Dormir num trem em movimento é melhor do que estacionado num pátio onde outro trem pode passar a poucos metros da tua cama a qualquer hora. Passar? Ocasionalmente outra locomotiva estaciona ao lado do vagão alojamento e locomotivas apenas são desligadas em poucas ocasiões. Mas em determinado momento o sono vence o barulho e tudo fica resolvido!

Mas como tudo tem seu tempo (Eclesiastes capítulo 3) muito antes disso se tornar rotina o contrato com a empresa terceirizada foi rescindido e assim restou as boas lembranças de muitos quilômetros, muitas histórias e centenas de fotos.



































quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Excesso de velocidade

De zero a 100 em poucos instantes


0 – INDESCRITÍVEL
10 – INSACIÁVEL
20 – INVENCÍVEL
30 – INCONTESTÁVEL
40 – LOUVÁVEL
50 – INOXIDÁVEL
60 – QUESTIONÁVEL
70 – DISPENSÁVEL
80 – INSUPORTÁVEL
90 – INCURÁVEL
100 – INESQUECÍVEL

O homem é semelhante a um sopro; seus dias, como a sombra que passa.
Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio.

(Salmos 144:4 e 90:12)

terça-feira, 25 de novembro de 2014

10 motivos

10 MOTIVOS PELOS QUAIS EU NÃO DIRIA 

"PASSE-ME O BACON, POR FAVOR", NUM CAFÉ DA MANHÃ.


1 – Prefiro alimentação frugal. Bacon não compõe esse contexto.
2 – Moro num país onde o café da manhã é café com pão. Sem porcarias.
3 – Como extensão, entendo que esse bacon deve estar junto às fritas com cerveja estupidamente gelada, e não com café.
4 – Se designarem meu lugar à mesa e com a sorte que tenho provavelmente o bacon estará na minha frente.
5 – Se eu puder escolher o lugar à mesa, vou para o lado que está o queijo, o presunto, a manteiga, as geleias e o bolo marta rocha.
Se o prato de bacon acidentalmente vier parar na minha frente, acidentalmente cairá da mesa e ninguém mais precisará do bacon.
6 – Graças a Deus, tenho braços compridos e assim, sem constrangimentos, posso pegar o bacon mesmo que esteja na outra ponta da mesa.
7 – Não morro de aflição por aquilo que não está ao meu alcance. Muito menos bacon.
8 – Estar só não me incomoda e assim, não haveria a quem pedir.
9 – Lembro sempre de um cartaz num zoológico que dizia: “Não perturbe o ato de comer dos animais”. Eu nunca perturbaria o café da manhã de ninguém. Muito menos por bacon.
10 – Não estou aqui para ser servido, mas para servir.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Lifebook








Um plágio bem elaborado pode gerar uma boa grana.
Mark Zuckerberg que o diga.
Deixa eu explicar:
O Lifebook já existe há milhares de anos.
Nem mesmo a roda havia sido inventada e os primeiros usuários já contavam com o seu perfil criado. Uploads automáticos, sem necessidade de acesso. Sem wi-fi, bluetooth ou qualquer dispositivo.
O Lifebook não é proibido em nenhum país e a privacidade é absoluta. Não há hacker que consiga roubar informações ou fraudar usuários.
É totalmente livre de banners publicitários ou vírus. Livre de acessos de outros usuários não autorizados que estão aí somente para xeretar a vida alheia.
   
Porém, há alguns detalhes técnicos que podem ser problema para alguns:
A visualização estará disponível apenas no futuro. Breve.
Não há como postar ou compartilhar vídeos engraçados, frases filosóficas ou bichinhos de estimação. Só a realidade é postada de imediato.
Não é possível deletar seu status ou excluir conta.


 Filipenses 4:3; Apocalipse 3:5; 13:8; 17:8; 20:12,15; 21:27

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Babel ou Sodoma

Para mim, a multiplicidade de idiomas ao redor do planeta é uma das evidências da inverdade da teoria da evolução. De onde surgiram tantas variedades?
Como Darwin explicaria que tantos idiomas e dialetos têm desaparecido em poucas décadas?
Palavras novas surgem por necessidades pontuais. Termos associados à novas tecnologias.
Isso até poderia ser considerado um caso de seleção natural.
Porém, essas adaptações de vocabulário têm miscigenado línguas ao redor do planeta, ao invés de aumentá-las em diversidade.
Alguns vocábulos apenas mudaram ou perderam totalmente seu sentido.
O amor, outrora antônimo de indiferença, tem se tornado antônimo de abstinência sexual.
Quase como consequência, as palavras depressão e estresse - praticamente desconhecidas há menos de duas décadas - hoje são citadas diariamente e vêm substituindo com muita propriedade palavras como compreensão, cordialidade, respeito, bondade e paciência.
Intolerância?
Se for à lactose, por exemplo, há algum tempo atrás seria resumido como caganeira.
Hoje, porém, tem se tornado uma arma quando aliada à discriminação.
Essas alterações de valores têm como fonte a mudança de valores entre moral e ética.
A ética imposta pela nova ordem mundial sugere que não há apenas dois gêneros - macho e fêmea - entre os seres humanos e essa informação deve ser respeitada por força de leis e armas.
A palavra machista - agressiva, ofensiva ou depreciativa - destitui o valor de ordens divinas na constituição da família.
E, por influência dessa nova ordem mundial, família nem se sabe mais o que é.
Mas discriminação, sim!
Associada à expressão grupo minoritário, igualmente é usada para colocar pessoas na cadeia com mais eficiência do que se coloca traficantes ou corruptos.
Grupos minoritários atualmente são aqueles que procuram vantagens sem se importar em quem estão pisando. Isso conseguem com muito alarde. Curiosamente, pessoas de bem não são barulhentas.
Corrupção e outras barbáries têm sido - por conveniências particulares - regulamentadas por leis, que vêm flexibilizando a moral, sob a alegação de liberalidade e democracia.
Assim se atenua o valor negativo de aborto, suicídio e homossexualidade.
Há projetos de leis que pretendem penalizar o uso da palavra sodomia, como se isso resolvesse o conflito entre o pecado e as consequências.
Pecado não é mais um termo adequado, pois estamos num país laico.
Se estamos num país laico – livres legalmente de respeito a qualquer deus - então não há diretriz moral e qualquer deputado degenerado faz impor leis com o apoio de lésbicas histéricas.
Não há mais motivos para temer consequências de atos como sodomia, divórcio, pedofilia, corrupção, homicídio, estupro, roubo, assédio...
A ideia retrógrada de inferno é apenas resquício de uma ditadura conservacionista.

Todos são livres para fazer o que quiserem com quem quiserem! Isso sim é que é ter mente aberta!

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Rebanho

Acordou tardiamente como sempre.
Espreguiçou-se pela força do hábito, pois nada considerava importante a ser feito.
O olhar rabugento conferiu o ambiente assegurando-se que não havia novatos ou intrusos no pedaço. Os demais participavam da mesma letargia.
Assim estava bom. Sem ousadia de novidades ou desafios entediantes.
A alimentação estava garantida, pois o pastor já havia despejado o volume de ração mais do que suficiente na manjedoura e no prolongamento da rotina, conferira as cercas do redil.
Nada a temer.
Talvez até porque ninguém se interessaria por aquele bode velho.
Aliás. Todo o pequeno rebanho aparentava ser uma excursão da terceira idade em jogo de bingo e não um grupo de discípulos. Carne que causaria náuseas em qualquer demoniozinho por mais faminto que estivesse.
Ocasionalmente, alguma das irmãs paria um ser, e que pelo exemplo, adotava o comportamento dos demais.
Quando acidentalmente alguma nova ovelha aparecia no rebanho, chifradas e coices rapidamente corrigiam qualquer intenção de ação.
Ninguém mais sabia das pradarias verdejantes e do ar revigorante das montanhas.
O murmúrio de águas frescas dos riachos foi substituído pelo cocho de água feito de pneu – ecologicamente correto.

Ao pastor cabia o orgulho de vários anos de bons serviços prestados em manter o rebanho em paz. 

(Mateus 10:35)

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Comerciante bem sucedido

A forma de apresentar os assuntos estava ótima.
Muito clara.
Fiquei fascinado com a eloquência e o domínio intelectual em cada expressão hebraica convincentemente explicada.
Aprendi muito a respeito dos usos e costumes judaicos.
Na verdade, desde a origem dos patriarcas até o apocalipse.
A maior inovação da nova bíblia apresentada, porém, foi uma grande simplificação no NT, iniciando com Atos dos Apóstolos que foi resumido a pouco mais de dez capítulos.
Algumas epístolas, eliminadas. Mantidas as aos hebreus, e as de Tiago, Pedro, João e Judas.
Não pude deixar de parabenizar o palestrante, mas ao mesmo tempo, questionar as cartas de Paulo.
"- Paulo???
- Sim, Paulo o fariseu que...
- Ah sim. Claro.Na verdade você está mal informado! Ele se chamava Saulo. Um fariseu influente. Imponente em ideias e como todo judeu, comerciante. Bem sucedido no ramo de tendas. Expandiu seus negócios e até hoje as barracas modernas de suas fábricas vendem milhões.
Mas espere...
Você perguntou de cartas?
Você escreveu alguma por acaso? "

sábado, 25 de outubro de 2014

Arte por Encomenda2


Quando solicitado a pintar outro quadro, (http://0110peregrino.blogspot.com.br/2014/09/arte-por-encomenda.html) a situação apresentada foi um episódio que muitos leitores das Sagradas Escrituras conhecem.

Desta vez o motivo tem nome e endereço: Osni Ferreira do Nascimento. Alguém que desconheço mas que me foi descrito como "um dos quatro" que levou um enfermo a Jesus.
Com as devidas limitações - estilo de pintura, desconhecer a pessoa em foco, impor um ângulo de visão da cena entre outras - conclui que o trabalho ficou poluído.
Muitas informações.
Na comunicação visual e mesmo na música "MENOS É MAIS"!
Vejo porém que a poluição de informações tem atrapalhado muitos no ato de ser "um dos quatro".
Vejo muitas tentativas fracas nas redes sociais enquanto as pesquisas médicas apontam estresse como uma das moléstias explodindo em crescimento.
O CURTIR ou mesmo a CUTUCADA jamais substituirão o conforto do abraço físico, e mesmo que no perfil haja centenas de seguidores, nunca houve tanta solidão.
Todos deprimidos.Desconectados do amor verdadeiro, alimentam-se da esperança de uma nova postagem como quem engole um salgadinho imaginando ser uma refeição.
A disposição em sustentar uma maca numa corda em conjunto com outros exige equilíbrio.
Mãos firmes e um pensamento estratégico determinado em levar quem precisa àquele que tem o poder.

Talvez precise mais do que alguns cliques. Talvez seja preciso abrir um buraco no teto.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Aparências & Atitudes

Quanto tempo gasto em gritaria, quanto dom usado para divisão.
Quanto som é música vazia, tanta voz usada para maldição!
Quantas vezes a primeira pedra já esteve aqui na minha mão, esquecendo que aquele alvo na verdade era o meu irmão.
Pra que serve unha bem pintada, se não serve para repartir o pão?
Pra que serve a modo do penteado, se Deus olha para o nosso coração?
O espelho mostra a vaidade. Ele não reflete nosso galardão.
Gestos falam mais do que palavras.
O agir é mais do que um bom sermão.
O império da estética ensina o caminho da discriminação, mas a palavra de Deus determina a atitude de quem é cristão:
Tratar com amor aquele que é desprezado.
Pois quem não crê, lê em nós as páginas do livro sagrado.
http://palcomp3.com/pescadores/aparencias/

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Linguagem

Ao iniciar meu blog, cometi o erro ao adotar a linha de linguagem.
Textos de vocabulário mais elevado do que o usual, geralmente com conotação, denotação brincando com a polissemia, mas sem brincar na essência e propósito.
Talvez, por perceber o esvaimento da cultura brasileira, ou por acumular anos de leitura de experiências do cotidiano. (Acho que já vivi demais – continuo afirmando que a morte aos 33 é perfeita).
Na questão cultural é que quero dar foco:
O brasileiro já perdeu o foco cultural e, consequentemente, as consequências disso.
Vejo, lamentavelmente, professores ultrajados em respeito, ofendidos em salários míseros e engessados numa política educacional que induz à mediocridade, acreditarem que o governo do país está em boas mãos...
Aqueles que têm alguma noção do que tem acontecido na esfera administrativa da nação brasileira, tentam, efusivamente, lembrar que eleger um analfabeto como presidente foi um erro. Reelegê-lo pior ainda. O que dizer então de reeleger a sucessão do dar o peixe? – Basta olhar os índices de intenção de voto nas regiões onde os votos são comprados. 
Acontece que, quem está dando esse peixe, são os que trabalham. E estes, ultrapassados do limiar da capacidade de contribuição, veem com desespero aumentar sua dívida.
Sim. 
A dívida externa voltou e a dívida interna que nunca foi mencionada - porque esta interessa aos financiadores das campanhas de A e B e lhes rendem bilhões em juros, montante maior do que é gasto na educação do país todo.
Existem muitos sites apontando essa tragédia de governo.
Aponto apenas um – basta seguir os adjacentes.


Sorte tem uma grande parte dos leitores deste blog, que tenho acompanhado serem dos Estados Unidos e Europa.(Meu grande abraço a todos)

Maior sorte têm aqueles que, baseados na leitura dos sinais dos tempos assim como eu, têm a certeza da instalação da teocracia no planeta Terra.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Ponto de vista2

Num dia frio de inverno as mãos enrijeciam com a ação do vento e porcas que eu usava para a construção da torre por vezes caiam. E não era possível visualizá-las do alto. E nem valia a pena descer para procurá-las.
A distância com a qual observamos algo, dificulta encontrar e analisar detalhes.
Fissuras, pequenas pragas, arestas mal aparadas ou porcas caídas simplesmente desaparecem.
Quando transportamos esse ponto de visão à esfera administrativa, a gestão do déspota que por não confiar na capacidade de auxiliares, ignorando suas informações, evitando delegar iniciativa nas atividades de escalões inferiores, fica enfraquecida. O êxito no desenvolvimento, truncado. O progresso diminui em sua amplitude e velocidade.
E justamente por não ser possível enxergar a ação de pragas ou fissuras do alto do trono do poder, boas propostas acabam ruindo.

Apenas um exemplo prático:
Há poucos anos relatei à direção de um parque, o surgimento de alguns indivíduos de espinho-de-roseta; uma planta rasteira que se manifesta no início do verão em áreas de circulação nos gramados.
Por conhecer a dificuldade de transitar em áreas com proliferação dessa planta, sugeri seu controle logo de início, sabendo que sua disseminação é rápida. Como a informação foi desconsiderada, medidas drásticas e onerosas precisam ser tomadas. E como maior prejuízo, o uso do parque tornou-se desagradável justamente nos meses de maior proveito. Do alto ou de longe, os espinhos parecem apenas um belo gramado.

Em sua simplicidade, Jesus apresentou um modelo de gestão onde três eram os mais chegados, doze os escolhidos – mesmo com imperfeições – e assim, muitos foram alcançados em séculos de história.

Aqueles que investem na formação de discípulos sempre terão larga vantagem sobre aqueles que regem com mão de ferro a sua empresa ou mesmo sua congregação.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

O Burro Branco

Avistei um burro branco estacionado ao lado da escola na localidade de Felipe Schmidt, quando lá cheguei em abril de 2014 para instalar uma antena para internet via rádio.
Uma semana depois voltei ao local a fim de substituir um equipamento que apresentou defeito e realinhar a antena e novamente o burro estava lá, ao lado da escola.
O equipamento em mau funcionamento estava na secretaria da escola, onde em uma das paredes havia uma foto aérea da escola, tirada em fevereiro de 2008. E na foto, o burro branco estava lá!

Inteirado do sistema de avanços progressivos e dos direitos de inclusão, conclui que pelo tempo de frequência à escola, o burro já deveria ter concluído o ensino fundamental e como qualquer indivíduo, desobrigado de passar constrangimentos em comprovar algum aprendizado, aprovado e portanto apto ao ensino médio e superior.
De fato, o burro é superior ao cavalo em seus conhecimentos. O cavalo quando relincha, limita-se à letra i-i-i-i-i-i, enquanto o burro, com 100% a mais no conhecimento, esnoba seu característico i-hóó, i-hóó, i-hóóó.
Imagine então como se sentem bem alguns animais que sabem falar (como Jar Jar Binks, um Gungan dos pântanos de Naboo em Star Wars).
Da ficção ao nosso redor pouco muda, e na maioria das vezes quem muito fala, muito demonstra sua ignorância.  O silêncio do deserto ensina muito mais do que um tagarela.

E no silêncio, solitário ao lado da escola, lembrei que o burro branco à exemplo de seus semelhantes citados na bíblia estava em melhor condição de perceber o anjo do Senhor, ou desprovido de ocupações científicas, transportar o Mestre seja na sua fuga para o Egito como na entrada triunfal em Jerusalém.
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