O biólogo
apresentava aos monitores seus conhecimentos de forma convincente, apontando
durante uma caminhada na trilha, as características da mata nativa no Acampamento Moriah.
Uma das
observações foi uma clareira, que segundo ele, ocorreu naturalmente quando uma
grande árvore tombou por idade avançada e após sua decomposição deu lugar ao
sol para outras menores, agora em franco desenvolvimento.
Na
floresta de oportunidades que pude observar durante as trilhas da minha vida,
lamentei ver muitos líderes abafando seus discípulos, negando-lhes lugar ao sol,
como a reafirmar constantemente: “Teu tempo e talento são meus!”
Iniciativa, dons, criatividade, habilidades
inerentes e particulares colocados em eterno banho-maria, como a temer que, em
algum momento, o novato exiba exuberância em seus atos ou ideias de
forma a sobrepujar sua experiência. E isso no ambiente igreja!
Convém
lembrar que, mesmo devidamente radicados, temos em nossos relacionamentos a
mobilidade e, portanto, possibilidade de abrir espaço, seja para a criatividade
ou apenas o exercício do nosso legado cultural, sem que isso represente,
necessariamente, eutanásia passiva.
Fazer
discípulos é ordem bem conhecida – mas poucos ousam a prática.
Criar
oportunidades vai além – é treinar para a semeadura e dizer: “Vai que o campo é
teu!”
Em consequência da insegurança, há décadas não vejo líderes exercerem o envio de pessoas ao anúncio da Boa Nova.