A cronologia é relativa conforme as circunstâncias impondo restrições
aos historiadores.
Entre a fé convincente no Carmelo e a angústia na caverna, o cronista não
ousou informar quanto tempo passou. Talvez muitos anos de silêncio de Deus
tenham silenciado Elias.
De fato, não haveria livros o suficiente para descrever detalhadamente
os relatos bíblicos.
Ainda mais quando a longevidade beirava a um milênio.
Seria muito difícil transcrever integralmente o diálogo no Éden
incluindo as prováveis conjecturas.
Na forma que temos para leitura aparenta ser um ataque de poucos
minutos, com uma rápida vitória dos argumentos apresentados pela serpente.
É claro que ambos estavam cientes das consequências, e assim,
dificilmente a desobediência da mulher ocorreu na velocidade que lemos o trecho.
Ela desobedeceu sem pestanejar?
Horas, dias ou talvez anos tenham sido empreendidos por satanás nessa empreitada até
lograr êxito.
Como ainda não havia o conhecimento do bem e do mal, seria ilógico
afirmar que Eva preferiu a morte a continuar com Adão pelo motivo de alguma
discórdia.
Nenhum dos dois conhecia o significado da morte prenunciada por Deus
por comer o fruto.
Mas sabiam da advertência divina.
Adão, portanto precisou optar entre o ruim ou o pior ante a oferta do
fruto pela própria mulher: Manter a obediência a Deus e sua vida paradisíaca sozinho
ou compactuar com a desobediência da mulher para ficar ao lado dela.
Analisando o ocorrido por dessa forma, concluo que esta é a maior história
de amor entre um homem e uma mulher nas entrelinhas das histórias bíblicas.
E considerando as perdas, de toda a história da humanidade.
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